...Já não posso, não consigo mais sustentar isso. Esta saudade tem me consumido amargamente, ela some, e reaparece, não sabe se vai ou se vem. Preciso de um novo coração, ele também anda indeciso, não sabe se ama, ou não. Tenho visto você, tenho o observado de longe, discretamente, para que ninguém saiba, ninguém suspeite. E parece-me que você também tem feito o mesmo, que observa-me de longe, para que ninguém note, perceba. Mas, logo que vê que será descoberto por mim mesma, desvia o olhar, e acidentalmente seus olhos se encontram com os meus. Uma nostalgia me invade e domina, uma pontada desfere meu coração e uma sensação ora boa, ora ruim, toma conta da minha alma. Depende da intensidade com que me olha, depende do momento em que me olha. Preciso libertar-me...
' Quando a vida lhe oferece um sonho muito além de todas as suas expectativas, é irracional se lamentar quando isso chega ao fim. (Stephenie Meyer)
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Vazio...
...O meu rosto está molhado, a minha garganta, seca. Procuro a minha paz, o meu conforto. Mas, não encontro. Tudo que há é um poço, sem fundo e sem luz. Tudo que há é vazio. Sinto-me inerte, sinto-me insignificante, sinto-me sem sentido, sem começo e sem fim, apenas meio, não me sinto, não me tenho, não sou eu...
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Surreal
À noite, no escuro do meu quarto, deixo escorrer sobre o meu rosto, e molhar os meus travesseiros as minhas mágoas, as minhas tristezas, a minha solidão em forma de teimosas lágrimas que hesitam em se libertar e com essa forma de aliviar a alma, adormeço com a tentativa de encontrar em meu sono um refúgio, um abrigo onde haveria paz e você não faria mais diferença em meu coração.
Mas, de nada me adianta, pois até nos piores pesadelos existe a sua presença, até nos lugares mais horrendos e assustadores. E me surpreendo quando em meio ao caos e no auge do meu medo, surge um anjo, com suas grandes asas, me envolvendo em seus braços, e fitando-me com seus olhos castanhos, fazendo sentir-me o mais segura possível.
Percebo em meio a sensação de êxtase e segurança que há formigamento em partes onde a minha pele encontra a sua, que meu coração dói e ao mesmo tempo se acelera freneticamente, em minha boca há ausência de saliva e dos meus olhos as teimosas lágrimas escorrem percorrendo a minha face como rios que vão de encontro ao mar, chegando a minha boca, e ali sobre os voluptuosos lábios estacionando calmamente, o meu rosto se contorce em uma mista expressão de dor e alegria quando noto que o anjo, aquele anjo que provocou a agitação em meu corpo, que desajustou os meus hormônios, nada mais é que o motivo de tanta tristeza e solidão, nada mais é que alguém de quem eu fugi, alguém que eu amo e de quem tenho tentado ocultar esse puro e verdadeiro sentimento.
Novamente, “os rios” encharcam a minha face, a minha consciência quer se desvencilhar daquele arcanjo o mais rápido possível, mas meu coração não quer deixá-lo ir jamais. Mas, de repente, em uma fração de segundo, aquele que me causa todas essas sensações, oscula-me e sinto que meus pés já não tocam mais o chão. E como em um surto de dor, alegria e leveza, assusto-me e acordo em meio aos meus lençóis e travesseiros, e noto que tudo não passou de um sonho, uma mera ilusão.
É hora de voltar à realidade.
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