Mãos que afagam a pele.
Lábios que osculam.
Braços que envolvem e protegem,
Encapsulam,
Refúgio que remete ao ócio.
Olhos que submergem
Em certezas e dúvidas,
Amores e ódios,
Que embebedam em ópio,
Para a não emersão.
Palavras macias,
Que aquecem o coração.
Surrealismo enigmático,
Teu sorriso mistico.
Deve-se a ti
Toda alegria cultivada
Toda lágrima derramada
E lástima inumada.
Deve-se a ti
Todo êxtase vivido
E amor sentido.
Deve-se a ti
Nem a menos
Nem a mais
Deve-se a ti
Tudo que há em mim.
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